O bar Vesúvio foi inaugurado em 1910, em um dos pontos mais frequentados da cidade, que começava a crescer e despontava como a mais importante do interior da Bahia; era um local de encontro para as pessoas da cidade de São Jorge dos Ilhéus. No livro Memória sobre o Município de Ilhéus, publicado em 1915, Borges de Barros já fala da Pastelaria Vesúvio, como um estabelecimento da cidade (p. 119).
Seus primeiros proprietários foram dois italianos, Nicolau Caprichio e Vicenti Queverini, e seu nome é uma homenagem ao famoso vulcão localizado na terra natal dos mesmos. Do ponto de vista patrimonial, o valor do prédio é igual ao de muitos outros construídos no início do século XX. Sua importância maior está na relevância que o grande escritor Jorge Amado lhe conferiu, ao criar inúmeras cenas, no livro Gabriela, cravo e canela.
O estabelecimento foi vendido, pelos italianos, a um português de nome Figueiredo, casado com uma linda mulata chamada Felipa, muito admirada pelos rapazes da época. Segundo Sá Barreto, é provável que a Gabriela de Jorge Amado tenha sido inspirada nesta moça de “fartas ancas” e cor de canela.
O Vesúvio foi erguido ao lado da capela de São Sebastião, que ficava ao pé do morro onde a vila havia sido fundada. Pouco tem sido encontrado, em documentos, sobre a história do famoso bar. O que se apurou foi alçado da memória do tabelião Raimundo Sá Barreto [1]. Segundo o depoente, as informações sobre os primeiros tempos do Vesúvio foram obtidas de duas pessoas que costumavam frequentar o bar desde muito jovens. São eles: Euler Amorim de Almeida e Vicente Tourinho.
O bar teve outros proprietários, Durval Moreno e o Sr. Costa, pessoas conhecidas do depoente. Diz Sá Barreto que “no tempo do Sr. Costa, tinha um animado jogo de bilhar, e um empregado do bar, de nome Gutemberg, era um jogador invencível, grande atração, pelas suas jogadas. De seu Costa levou certo tempo fechado, quando o espanhol Armando Lorenzo assumiu o controle do bar”. Em 1945, foi comprado pelo Sr. Emilio Maron, casado com D. Lurdes, excelente quituteira, outra qualidade da morena Gabriela. Até o final de sua vida, na década de 80, D. Lurdes, com suas mãos de fada, fritava os maravilhosos quibes que deram fama ao bar.
Antes de se tornar proprietário do Vesúvio, o sr. Emílio Maron trabalhou com seu pai, Sr. Assaid, em uma sapataria localizada no prédio do antigo Hotel Coelho, demolido, e onde hoje está localizado o Banco Itaú. Sua experiência com bar começou no Gato Preto, localizado na antiga rua do Dendê, hoje rua Araújo Pinho, onde ficavam as casas de prostituição da cidade. Depois mudou-se para a varanda do Teatro Municipal, onde hoje está localizada a sorveteria Ponto Chic. Ao comprar o bar, o sr. Emilio Maron trocou seu nome para bar Maron.
Na década de noventa o estabelecimento foi comprado por um grupo suíço que possui muitos imóveis na cidade. No final daquela década ficou fechado por um período considerável, causando insatisfação nos clientes. Posteriormente foi arrendado a um empresário local, que o explora de forma mais profissional, mantendo um pequeno memorial, apresentando música ao vivo diariamente e recebendo os turistas que passam pela cidade. Está sendo explorado como bar temático e constitui-se em belo exemplar do patrimônio cultural da cidade. Foi pintada uma figura de Jorge Amado numa das janelas, onde os turistas costumam tirar fotos. O empresário Guido Paternostro tem feito obras constantemente, no sentido de mantê-lo como a atração que sempre foi para os turistas que visitam a cidade.
Foi colocada uma estátua de Jorge Amado sentado em uma das mesas, o que se constitui em grande atração para os turistas e para as crianças, que ficam felizes em serem fotografados ao lado do famoso escritor grapiúna.
O Bataclan e o Bar Vesúvio são patrimônios culturais da cidade de Ilhéus.
[1] Comunicação verbal dada pelo tabelião e memorialista Raimundo Sá Barreto em 2000.
[…] do Nacib com pimenta e limão e tirar a clássica foto com a estátua do escritor Jorge Amado. No site oficial você fica a conhecer a história completa do Bar Vesúvio. […]
[…] do Nacib com pimenta e limão e tirar a clássica foto com a estátua do escritor Jorge Amado. No site oficial você fica a conhecer a história completa do Bar Vesúvio. […]
[…] o delicioso Quibe do Nacib e tirar a clássica foto com a estátua do escritor Jorge Amado. No site oficial você fica a conhecer a história completa do Bar Vesúvio. […]
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